A sorte do Brasil é que Alckmin dificilmente terá condições de se eleger
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, vem demonstrando nestes dias a sua verdadeira face. Para tentar se desvencilhar da imagem nefasta do réu Aécio Neves no Supremo Tribunal Federal (STF), o referido procura de todas as formas se livrar do seu companheiro de partido. Algo praticamente impossível, já que Aécio Neves é um político que tem o carimbo da referida agremiação política que já dirigiu por longo tempo.
Além disso, Alckmin tem se revelado defensor incondicional de todo o tipo de privatização do que o lesa pátria não tenha conseguido fazer. Aliás, o certo é substituir o vender por doar, o que tem sido feito por Michel Temer, que, por sinal, desde que assumiu o poder de forma ilegítima tenta realizar o que o príncipe dos sociólogos, Fernando Henrique Cardoso, não conseguiu em seus dois mandatos.
A sanha privatista de Alckmin na verdade beira o ridículo. É o que se pode depreender pelo que foi mencionado em O Globo sobre a TV Brasil, que o ex-governador considera uma emissora do Lula. Alckmin procura ignorar que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) deixou de ser pública com a ascensão dos golpistas de 2016, passando a ser uma empresa estatal atrelada aos ocupantes do Palácio do Planalto, inclusive subordinada a Eliseu Padilha, o chefe da Casa Civil.
Mas para Alckmin nada disso importa, porque em sua fobia anti-estado brasileiro, ele pretende em um prazo de seis meses, se for eleito, privatizar tudo que restou do Estado brasileiro. O ex-governador paulista simplesmente desconhece o que vem a ser mídia pública, como demonstra claramente ao se referir a TV Brasil.
A sorte do Brasil é que Alckmin, que não sai de um dígito nas pesquisas, dificilmente terá condições de se eleger para o cargo e que almeja destruir o Estado brasileiro, ainda mais pelo fato do seu partido estar envolvido em uma série de denúncias de corrupção envolvendo a sua gestão no governo de São Paulo. Com a palavra agora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quanto a TV Brasil, é mais do que claro que a política adotada pelos ocupantes indevidos do governo na prática procura afundar o máximo possível a emissora. Ou será que alguém tem dúvidas a esse respeito, sobretudo depois que se tornou público a censura que vem sendo adotada na emissora por parte de figuras nomeadas para servir os interesses governamentais e não dos telespectadores. Foi o que aconteceu, segundo jornalistas que lá trabalham em relação ao noticiário sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e assim sucessivamente.
Alckmin em sua fúria contra o Estado brasileiro, simplesmente ignora, ou finge ignorar, o que está acontecendo na TV Brasil e outros espaços midiáticos que integram a EBC. O ex-governador paulista procura também ganhar mais espaços na mídia comercial com declarações que agradam as poucas famílias que dominam o setor de comunicação no país.
Sentindo que por causa do seu partido e de próceres que sempre apoiou, como Aécio Neves, sua situação fica ainda pior nacionalmente, Alckmin procura caminhos que possam agradar os proprietário das mídias comerciais, reduzir o Estado brasileiro e defender o estado mínimo são pontos fundamentais para conseguir o objetivo de aparecer em tais espaços.
É por aí que se ponde entender perfeitamente os recentes pronunciamentos de Alckmin, o político que conseguiu na (in) justiça se livrar de julgamentos, embora no governo de São Paulo seguem inúmeras acusações que o ex-governador não precisa responder. E há espaços midiáticos, como O Globo, que em seus editoriais induzem os leitores a acreditar que “todos são iguais” diante da Justiça. Os fatos desmentem concretamente essa afirmação, que não passa de mais uma fantasia para enganar incautos.
Em tempo: segundo circula na imprensa, o nazi-fascista Jair Bolsonaro, que praticou racismo em palestra no Clube Hebraica, no ano passado, obteve o apoio de 7 mil assinaturas por meio da Associação Sionista Brasil-israel. Essa Associação, que volta e meia se utiliza da tragédia do Holocausto para justiçar posições extremistas do governo de Benjamin Netanyahu não se envergonha em apoiar Bolsonaro. Os que assinaram o manifesto simplesmente repetem a história que faziam traidores em campos de concentração ao prestarem serviços aos nazistas para obter vantagens pessoais.
É a história se repetindo por aqui como farsa. Merece o repúdio de todos os que abominam o racismo, além de qualquer forma de autoritarismo e defendem a plenitude democrática no Brasil. Vale assinalar que o autor desta reflexão perdeu boa parte de seus familiares em campos de concentração nazistas na Polônia.
Edição: Brasil de Fato RJ