Nesse fim de semana, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou 11 áreas improdutivas nos municípios de Goiana, Glória do Goitá, Petrolândia, Serra Talhada, Floresta, Vitória de Santo Antão, Lajedo, Condado, Timbaúba, Paudalho e Ibimirim, em Pernambuco. Cerca de 1.500 famílias ocuparam as terras, batizando os acampamentos com a palavra de ordem "Lula Livre".
A maior ocupação do estado fica na Estação de Bombeamento-2 (EB-2), área de transposição do rio São Francisco, localizada no eixo leste do Açude de Areias, entre os municípios de Floresta e Petrolândia. Lá, 300 famílias estão acampadas desde o sábado (14). Para o movimento a região estratégica, já que fica em áreas relacionadas ao projeto de privatização da Chesf e é uma forma de denunciar como o governo Temer vem tratando os recursos naturais.
As ocupações fazem parte da Jornada de Lutas do Abril Vermelho, que acontece anualmente no mês de abril, já que o dia 17 é o Dia Nacional de Luta Pela Reforma Agrária. "Fizemos ocupações na Zona da Mata, Região Metropolitana, Agreste e Sertão. Este ano completa-se 22 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, dois anos do golpe de 2016 e ainda tem esse elemento mais atual que é a prisão do presidente Lula. Nós do MST estamos nos somando a todas essas mobilizações", afirma Francisco Terto, militante do MST.
Edição: Monyse Ravena