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Livro Raul, de Alexandre de Maio, conta história real de rapper em quadrinhos

Reportagem em HQ é lançada na cidade de São Paulo com exposição de jornalismo em quadrinhos

Brasil de Fato| São Paulo (SP) |
HQ conta história real de rapper que viveu entre o crime e a arte nos anos 2000
HQ conta história real de rapper que viveu entre o crime e a arte nos anos 2000 - Reprodução Livro Raul

Nesta quinta-feira, 15 de março, às 19h, o jornalista e quadrinista paulistano Alexandre De Maio lança na Matilha Cultural em São Paulo seu primeiro livro solo, Raul, uma reportagem em HQ sobre o rapper Rafa (nome fictício), que se viveu entre o sucesso e o crime nos anos 2000 e — após ser preso, virou notícia e ver sua carreira artística desabar.

A obra sai pela Editora Elefante, que publica o quarto título do selo Elefante em Quadrinhos. No lançamento de Raul também será inaugurada a primeira exposição sobre jornalismo em quadrinhos do país, que ficará aberta ao público até dia 31 de março, com desenhos de De Maio, Carolina Ito, Robson Vilalba e Helô D’Angelo.

No dia do lançamento na Matilha Cultural vai acontecer um debate sobre realidade, quadrinhos e jornalismo, com bate papo com De Maio, o escritor Férrez e um pocket show com a rapper Luana Hansen.

O Brasil de fato bateu um papo com o jornalista que fala sobre seu novo lançamento e sobre a técnica de jornalismo em HQ. "Eu tenho publicado em vários lugares, têm outras pessoas fazendo jornalismo em quadrinhos, têm veículos com colunas sobre jornalismo em quadrinhos, então é um novo universo que se abre tanto para o jornalismo quanto para os quadrinhos", conta o desenhista.

Brasil de Fato: Conta um pouco para gente sobre o livro Raul?

Alexandre de Maio: O livro Raul vem contar a história desse personagem de São Paulo que é um rapper que começou sua vida como um "raul", nome que se dá ao membro de uma facção do crime que dá golpes de cartão de créditos. Ele começou sua vida assim, mas depois largou a vida do crime e virou um músico. Foi quando eu conheci ele, mais ou menos nos anos 2000, quando eu tinha uma revista de rap (Rap Brasil) e acompanhei a trajetória dele. Eu o vi largar a música e voltar para essa vida. O livro é uma entrevista e a gente explica também como funciona os golpes de cartão de crédito no Brasil.

Pode contar um pouco sobre como o jornalismo vem sendo influenciado pelos HQs e vice-versa?

O jornalismo em quadrinhos tem surgido como uma opção interessante tanto para o jornalismo pelo seu impacto visual, para atrair novos públicos como para os quadrinhos também ao trazer temas mais relevantes. Então essa nova técnica que junta esses dois universos têm sido usada há alguns anos e aqui no Brasil vivemos um começo dela.

Queria que você falasse desse processo criativo de produzir essas HQs documentais e o que seria o HQ repórter?

Nada melhor do que uma exposição para as pessoas conhecerem todas as possibilidades dessas HQs documentais. O que chamamos de HQ repórter é esse híbrido entre jornalista e desenhista, em que o desenhista é um jornalista e consegue reproduzir e concluir matérias em quadrinhos, usando a linguagem de quadrinhos totalmente. Você vai poder andar pela exposição e ler uma HQ gigante que é uma matéria sobre como foi a gravação do primeiro samba do Brasil em um especial feito pelo Uol. É mostrar um pouco de inovação que tem dentro do Jornalismo usando essa técnica do jornalismo em quadrinhos.

Serviço

Lançamento do livro Raul
Abertura da exposição “Jornalismo em Quadrinhos”
Quinta-feira, 15/03, às 19h
Matilha Cultural
Rua Rêgo Freitas, 542, República, São Paulo-SP
Debate “Realidade, Quadrinhos e Jornalismo”
Pocket show com Luana Hansen
Discotecagem de DJ Ge
Entrada franca

Edição: Juca Guimarães