Esse é o tipo de coisa que merece um estudo sério e aprofundado. Por que raios o Flamengo não consegue se dar bem numa Copa Libertadores da América? O que acontece com o time que sempre refuga na hora H? Conjunção astral ou comédia de erros em partidas decisivas? O empate diante do River Plate num Engenhão vazio (depois de estar duas vezes em vantagem no placar) teve um gosto bem amargo para jogadores e comissão técnica. Mesmo assim, é impossível fechar os olhos para alguns pontos do jogo desta quarta-feira.
Fico me perguntando por onde anda a criatividade e a garra do time do Flamengo. O time só ameaçou a meta argentina quando resolveu colocar a bola no chão e se organizar um pouco em campo. Só que a falta de concentração acabou sendo determinante em mais um tropeço. Mais uma decepção. Há como se colocar parte da culpa sobre os ombros de Paulo César Carpegiani, que trouxe a equipe para trás depois de sacar Éverton para a entrada de Willian Arão (com Vinícius Júnior no banco). Essa também pode ir para a conta de Diego Alves, que falhou no segundo gol do River Plate e mostrou uma insegurança incrível debaixo das traves. Ou para a conta de Diego, que teve mais uma atuação fraca.
Enfim… Certo é que Flamengo e Libertadores da América parecem não se bicar. É como se um não gostasse do outro ou como se os dois fizessem parte de uma daquelas comédias românticas em que ninguém consegue se encontrar. Ou como se sempre acontecesse alguma coisa que impedisse a felicidade das duas partes. Certo é que as coisas entre nossos dois personagens principais não andam bem há alguns anos.
Só sei que a vida do Flamengo na Libertadores da América deste ano já começou muito mal. Num grupo que ainda tem o Emelec e o Santa Fé, os comandados de Paulo César Carpegiani vão precisar melhorar muito se quiserem acabar com a sina de não passar da fase de grupos. Até por que ninguém aguenta mais esse calvário…
Vasco da Gama
O jogo do Cruzeiro com o Racing mostrou que a vida do Vasco na Libertadores não será nada fácil. Ainda mais com o time sendo considerado o “azarão” do seu grupo. São Januário será um aliado valiosíssimo nessa fase.
Fluminense
Três goleadas seguidas (sendo uma delas em cima do maior rival) e a consolidação do esquema tático de Abel Braga. O Fluminense começa a colher os frutos da perseverança num momento bem complicado para o clube.
Botafogo
O time do Botafogo terá apenas o Campeonato Carioca, o Brasileirão e a Copa Sul-Americana pela frente na temporada. Momento para Alberto Valentim arrumar a casa e preparar a equipe para as pedreiras que devem aparecer.
Grande abraço e até a próxima!
Edição: Vivian Virissimo