Ofensiva golpista para doação das riquezas nacionais prossegue sem interrupções
A ofensiva golpista para doação das riquezas nacionais prossegue sem interrupções por parte do governo golpista de Michel Temer (PMDB). A mídia comercial, como linha auxiliar do projeto, não perde uma edição. A última das mentiras ficou por conta do jornal O Globo, com sua manchete da edição da última terça feira (7), revelando que com privatização da Eletrobras, as tarifas de energia elétrica não subirão. A informação carece de fundamento, porque seria o único lugar do mundo em que a privatização do setor seria benéfica aos consumidores.
Ao mesmo tempo em que a mídia comercial defendia, de forma mentirosa, a privatização, o lesa-pátria Michel Temer concedia isenção de impostos às poderosas multinacionais petrolíferas. Não bastasse a entrega de mão beijada das riquezas do pré-sal, as empresas ganhadoras do petróleo terão mais lucros por favorecimento dos golpistas.
Mas se os leitores pensam que o convescote lesa-pátria se resume aos dois itens mencionados, enganam-se redondamente. Diariamente, o ocupante ilegítimo do Palácio do Planalto sai em campo para favorecer os empresários nacionais ou estrangeiros, em detrimento dos trabalhadores. Nesse sentido, vale lembrar que a pseudo reforma trabalhista aprovada por aliados do lesa pátria no Congresso entra em vigor nesta semana.
Em todo o Brasil, estão marcados protestos contra o desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas a mídia comercial e algumas figuras, como o advogado Ives Gandra Martins Filho – filho de um apoiador incondicional da ditadura empresarial militar instalada no Brasil a partir de 1964 –, defendem ardorosamente a extinção da Justiça do Trabalho e, consequentemente, a redução de direitos dos trabalhadores, com o claro objetivo de favorecer o patronato, que faz de tudo e muito mais para obter maiores lucros.
Gandra Martins e a mídia comercial conservadora não fazem por menos e, diariamente, comentam absurdamente que o Brasil agora está entrando na “modernidade”. E eles repetem a mentira inúmeras vezes, com o claro objetivo dela virar verdade absoluta. Reptem, em pleno século 21, a velha técnica do Ministro da Propaganda do III Reich, Joseph Goebbels.
Adotaram essa técnica na época da ditadura empresarial militar, com afirmações do tipo que "o país ia muito bem", e chegaram até a enganar por algum tempo setores da classe média com mentiras que induziam incautos a acreditarem que viviam em um país maravilhoso. A farsa, no entanto, acabou com o tempo, pois a verdade prevaleceu.
Nesse sentido, os golpistas de abril de 64 e os atuais, de 2016, guardam muitas semelhanças. Nos dias de hoje, enquanto o Brasil está a cada dia andando para trás, com as medidas que estão sendo adotadas, os atuais defensores do favorecimento às empresas multinacionais tentam, a todo custo, vender a mentira do tipo colocado em prática na época da ditadura empresarial militar.
E para quem tiver dúvidas, basta consultar os jornalões da época, com manchetes que faziam apologia do mentiroso milagre brasileiro. Como mentiras desse tipo tendem a ruir com o tempo, em face das evidências, é bem possível que as cascatas atuais também estejam com os dias contados. Até porque, as mentiras, independentemente da mídia comercial, acabam se desmantelando diante dos fatos.
Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos neste país continente chamado Brasil.
Edição: Vivian Viríssimo