Na próxima semana, o centro do Rio de Janeiro será palco de uma série de atividades e manifestações. A partir deste domingo até a próxima quinta-feira, centenas de pessoas estarão reunidas na cidade para o 8º Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Nesta edição, o encontro vai debater “Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular” e a organização estima que reunirá cerca de 4 mil pessoas de todas as regiões do Brasil.
De acordo com o coordenador geral do MAB, Rogério Paulo Hohn, a privatização dos recursos naturais e essenciais, como água e energia, tem se intensificado com o governo de Michel Temer.
“Nós entendemos que água e a energia tem que ser do patrimônio do povo e a serviço do povo. Esse tema da soberania a gente tem discutido dentro do MAB, no sentido de defender os recurso naturais, sob controle popular. Esse é o nosso grande norteador”, explica.
Além disso, Rogério explica que o encontro também vai discutir o caso de desastre socio ambiental mais significativo dos últimos tempos que afetou diferentes regiões a partir rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, Minas Gerais, em novembro de 2015.
“O MAB é um movimento social que tem 26 anos de história e sempre realiza seus encontros nacionais como espaço deliberativos da política da organização para os próximos anos. Esse é o 8º encontro nacional e busca reunir as famílias dos diferentes estados para discutir, principalmente, a violação de direitos humanos cometidos sobre populações atingidas por barragens”, acrescenta.
Entre as atividades do encontro abertas ao público, está a cerimônia de abertura, que vai acontecer no Terreirão do Samba, a partir das seis da tarde, na segunda-feira (2). Também estão sendo organizadas duas grandes manifestações na terça-feira (3), ao lado de outras entidades e organizações políticas, como a Frente Brasil Popular. A primeira delas vai acontecer a partir das 11h, em frente à Eletrobras, e a segunda, com a presença do ex-presidente Lula a partir das 14h, em frente ao prédio da Petrobras.
Edição: Vivian Virissimo