Brasil está andando para trás depois da derrubada da presidenta Dilma Rousseff
Está cada vez mais claro. Os golpistas que ocupam o governo desde o ano passado e lá chegaram através de um golpe parlamentar, midiático e judicial não querem largar o osso. Sabem muito bem que se forem às urnas serão rejeitados pelos eleitores brasileiros que não aceitam o programa executado desde 2016. O Brasil, é mais do que óbvio, está andando para trás depois da derrubada da presidenta constitucional Dilma Rousseff.
Mas para evitar a continuidade do esquema golpista, que passa pelo impedimento da candidatura de Lula da Silva à Presidência da República em 2018, a instituição de um regime parlamentar ou até mesmo um semi presidencialismo, a entrega de mão beijada das riquezas nacionais, bem como as privatizações que não foram realizadas nos dois mandatos do então presidente Fernando Henrique Cardoso, incluída a Petrobras, medida que vem sendo defendida ardorosamente por economistas da patota do PSDB, entre eles Gustavo Franco e Helena Landau, para não falar dos colunistas de sempre. De quebra o governo golpista está empenhado em destruir a Eletrobrás, o verdadeiro significado da privatização defendida pelos golpistas ocupantes do Palácio do Planalto.
O putrefato Michel Temer viaja ao exterior para exercer a função de propagandista das riquezas nacionais a serem entregues a quem se interessar em toca de algum troco. Mas como alertou o Senador Roberto Requião aos eventuais interessados, podem em futuro não muito distante serem questionados e perderem os patrimônios pertencentes ao povo brasileiro oferecidos, portanto, por um governo ilegítimo que se apoderou das riquezas para ofertar em troca de um troco.
O Brasil, que anos atrás tinha prestígio internacional, hoje está reduzido a um governo chefiado por Michel Temer, um político também acusado por uma série de delitos, mas que consegue ficar sem julgamento. Para cúmulo dos cúmulos o Brasil ainda corre o risco de ter como ocupante do Palácio do Planalto nada mais nada menos que Rodrigo Maia, o deputado que diariamente vem sendo paparicado pela mídia comercial conservadora.
Na verdade, o prestígio midiático conservador adquirido por Maia é uma demonstração concreta de como o esquema golpista está carente de lideranças, o que de alguma forma pode explicar a corrida desavergonhada dessa gente para evitar que em outubro de 2018 o povo dê a última palavra para a escolha de um Presidente da República.
A Presidenta constitucional Dilma Rousseff, derrubada pelos setores que levam adiante a tal “ponte para o futuro”, melhor definiu a tal “ponte” ao afirmar que não passa de uma volta ao passado e cujo processo havia sido interrompido a partir da eleição de Luis Inácio Lula da Silva em outubro de 2002 e com a posse em janeiro de2003. Os mesmos grupos que ascenderam ao poder há um ano por meio de um golpe colocam em prática exatamente o que foi feito nos dois governos de FHC, rejeitado nas urnas quatro vezes seguidas.
Mas aí surge Michel Temer para executar um programa econômico neoliberal antagônico ao iniciado em janeiro de 2003 e que resultou em melhores condições de vida para parcelas do povo brasileiro excluídas pelas políticas econômicas anteriores, iniciadas pelo então presidente Fernando Collor de Mello e aprimoradas nas gestões de FHC.
Uma pergunta que deve ser feita e foi formulada pelo Senador Lindberg Farias no ato realizado com a presença da Presidenta constitucional Dilma Rousseff: em que país do mundo quando um vice-presidente assumiu no lugar do titular eleito o programa que passou ser colocado em prática foi alterado? Só mesmo o putrefato Temer com sua “ponte” que está fazendo o Brasil recuar para o passado repudiado pelo povo brasileiro quatro vezes seguidas.
Para evitar ainda maiores retrocessos é necessário que o maior prejudicado da história toda, ou seja, o povo brasileiro, se mobilize nas ruas do país para dar um basta ao que vem acontecendo. Se isso não acontecer, o retrocesso pode se consolidar com a não realização de eleições presidenciais diretas em 2018 ou com a instituição de um regime parlamentarista ou semi presidencialista, sendo essa última formula defendida recentemente pelo usurpador Temer que ainda conta com o apoio do carcomido Parlamento, cuja Câmara dos Deputados impediu que ele fosse julgado pela instância máxima da Justiça brasileira.
Esse em linhas gerais é o que vive o país, com um governo ilegítimo e cujos integrantes diariamente estão sendo acusados de uma série de ilicitudes, haja vista Moreira Franco, Eliseu Padilha, Aloysio Nunes Ferreira, Blairo Maggi e o próprio Michel Temer, entre outros.
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