"O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais", afirmou o Mercosul em comunicado que foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Os países do Mercosul, completa a nota, continuarão insistindo, de forma individual e coletiva, para que a Venezuela "cumpra com os compromissos que assumiu, de forma livre e soberana, com a democracia como única forma de governo aceitável na região". O bloco diz que democracia no país foi afetada – o que Caracas nega. A Venezuela está suspensa do Mercosul.
A Colômbia seguiu o mesmo tom. "Rejeitamos medidas militares e o uso da força no sistema internacional. Todas as medidas devem ocorrer sobre o respeito da soberania da Venezuela e através de soluções pacíficas", indicou o Ministério de Relações Exteriores, em nota.
Para o México, a crise na Venezuela não pode ser resolvida com ações militares. "O governo do México expressa sua rejeição ao uso ou à ameaça de uso da força nas relações internacionais, e afirma que a crise na Venezuela não pode ser resolvida através de ações militares, internas ou externas", afirmou a Secretaria de Relações Exteriores (SRE) em comunicado.
"Da mesma forma, os países que assinaram a Declaração de Lima rejeitaram de maneira enérgica a violência e o uso da força", completou a nota da Chancelaria mexicana.
O Peru, que atravessa uma crise diplomática com a Venezuela, também rechaçou as ameaças. "Toda tentativa interna ou externa para recorrer à força solapa o objetivo de restaurar a governabilidade democrática na Venezuela, bem como os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas", disse o Ministério de Relações Exteriores.
Pelo Twitter, o presidente da Bolívia, Evo Morales, também expressou seu rechaço. "Trump revela descaradamente seu plano de intervenção militar contra a Venezuela", afirmou.
Em meio à escalada de tensões na Venezuela, Trump disse, na sexta (11/08) que cogita uma "opção militar" para resolver a situação no país. "Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar se necessário", disse o presidente americano.
"Temos tropas por todo o mundo, em lugares muito, muito afastados. A Venezuela não está muito longe e as pessoas estão sofrendo e morrendo", completou.
Edição: Opera Mundi