Dulene Aleixo Garcez dos Santos, Aparecido Laertes Calandra, Brilhante Ustra são alguns dos torturadores da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985), que foram "escrachados" pelo movimento Levante Popular da Juventude. As ações "em prol da memória" e contra impunidade foram compiladas da tese de mestrado da historiadora Ana Paula Brito e se tornaram um livro sobre o tema. O lançamento ocorreu hoje (12), no Memorial da Resistência, em São Paulo.
“Escracho aos Torturadores da Ditadura” traz manifestações realizadas pelo Levante a partir de 2012. Um ano depois da Comissão Nacional da Verdade ser sancionada e que é responsável por investigar violações entre os anos de 1946 e 1988, período em que centenas de militantes foram brutalmente assassinadas pelo Regime Militar e seus algozes.
A análise interdisciplinar é um resgate histórico da memória e o esforço por justiça e verdade para esclarecer a sociedade civil o ocorrido neste período.
Em entrevista ao movimento, a autora fala sobre suas intenções e perspectivas com o livro, que aborda a violência do passado que reflete no presente: “Quando a PM desaparece com corpos, por exemplo, ela faz isso porque tem certeza da impunidade. A PM foi formada para reprimir, ela não foi educada para os direitos humanos e tudo isso fruto da ditadura”, afirma Brito.
Edição: Vanessa Martina Silva