Na manhã desta quinta (3), cerca de dois mil petroleiros e petroleiras participaram do “Ato nacional contra a privatização da RLAM\TEMADRE e o desmonte do Sistema Petrobras na Bahia”, no Trevo da Resistência, próximo à entrada principal da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em Candeias, na região metropolitana de Salvador.
O ato contou com trabalhadores de 13 estados e ocorreu no momento em que a categoria realiza o 17º Congresso da Federação Única dos Petroleiros (CONFUP), entre os dias 3 e 6 de agosto, em Salvador. Além da categoria, movimentos sociais também participaram do ato e prestaram solidariedade aos petroleiros.
Segundo Cibele Vieira, Coordenadora Geral do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, o Brasil passa por uma conjuntura complexa que exige que os trabalhadores se mantenham em luta para não ter mais retrocessos.
“Já faz pelo menos dois anos que estamos lutando contra o desmonte da Petrobras e pelos últimos anúncios eles vão tentar acelerar o desmonte. Já anunciaram a venda de 74 plataformas e que em agosto vai sair o relatório da venda das refinarias. Lembrando que a venda das refinarias é o pacote da logística junto, que é refinaria, terminal e termoelétrica”, pontua Cibele.
Moisés Borges, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), afirma que “esse é um ato extremamente importante, uma vez que o capital internacional vem tomar de assalto as nossas riquezas, privatizando a RLAM na Bahia, mas também privatizando os poços de petróleo terrestres. Além disso, há uma investida para tomar a geradora de energia e as linhas de transmissão da CHESF. Duas estatais que temos hoje no nordeste, e que são motores de desenvolvimento econômico e social na região”. Para ele, esse é um momento importante para defender a soberania, maior distribuição das riquezas e controle popular.
Resgatando a história do petróleo e da Petrobras na Bahia, o Coordenador Geral do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, Deyvid Bacelar, falou sobre a descoberta do poço do Lobato em 1938 e sobre a RLAM ter sido a primeira refinaria da Petrobras no país. “Estão querendo desmontar essa empresa que é patrimônio do povo brasileiro. Isso porque esse governo golpista e entreguista quer destruir a Petrobras”.
Ainda segundo Deyvid, a categoria aponta uma grande greve ainda para 2017, para defender a Petrobras. “ Nós entendemos que defender a Petrobras é defender o Brasil”, finaliza Deyvid.
Edição: Camila Salmazio