Reforma agrária

Funai atribui aumento da violência no campo à falta de servidores e recursos

Mais de 40 camponeses morreram na luta pela terra apenas no primeiro semestre deste ano, segundo dados da CPT

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Com pouco mais de 2 mil servidores e falta de recursos, trabalho realizado pela fundação fica prejudicado
Com pouco mais de 2 mil servidores e falta de recursos, trabalho realizado pela fundação fica prejudicado - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em audiência pública na Câmara dos Deputados nessa terça-feira (27), Funai e Incra ressaltaram que o baixo número de servidores para realizar demarcações de terras e reforma agrária contribui para aumentar a violência no campo.

O presidente da Funai, Franklimberg Freitas, disse que com pouco mais de 2 mil servidores - muitos prestes a se aposentar – e a falta de recursos, o trabalho realizado pela fundação fica prejudicado.

Na mesma linha, o assessor da Ouvidoria Agrária, Valdir Correia, ressaltou o número baixo de servidores no Incra e a estrutura sucateada da instituição.

Participaram ainda da audiência o presidente da Comissão Pastoral da Terra, Dom Enemézio Lázzaris, e o coronel Julian Pontes, do Conselho Nacional de Comandantes Gerais.

A audiência ocorre num momento em que os conflitos agrários se intensificam. Dados da CPT sobre violência no campo apontam que, só no primeiro semestre deste ano, mais de 40 camponeses morreram na luta pela terra.

Edição: Radioagência Nacional