HISTÓRIA DO SAMBA

Projeto de lei quer criar roteiro cultural sobre Portela em Oswaldo Cruz, no Rio

A ideia é preservar a memória do bairro e das pessoas que construíram a escola de samba com mais tem títulos no Carnaval

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O projeto, que cria Área de Especial Interesse Cultural, surgiu de um grupo de moradores do bairro
O projeto, que cria Área de Especial Interesse Cultural, surgiu de um grupo de moradores do bairro - Fernando Frazão/ Agência Brasil

Imagine conhecer a história da escola de samba Portela por meio de uma caminhada pelo bairro de Oswaldo Cruz, que passa pela antiga casa do compositor Manaceia, pelo quintal da tia Surica e pelas ruas onde foram criados inúmeros blocos de carnaval e a famosa escola de samba. Esse é o objetivo do projeto de lei (PL) que cria o Perímetro Cultural de Oswaldo Cruz, de autoria do vereador Reimont (PT). A ideia é preservar a memória do bairro e das pessoas que construíram a escola de samba com mais títulos no Carnaval carioca.

O projeto, que cria Área de Especial Interesse Cultural, surgiu de um grupo de moradores do bairro, entre eles Rogério Rodrigues, diretor cultural da Portela.

“Em 2003 tive a ideia de fazer um roteiro que se chamava ‘Viagem sentimental por Oswaldo Cruz’. Desde então, procuramos fazer com que se torne oficial. A partir desse reconhecimento, poderemos fazer outras ações na comunidade”, explica.

O texto está pronto para ser avaliado pela Câmara de Vereadores, mas ainda não tem data para votação.

Na quinta-feira da semana passada (8), o PL foi apresentado ao público em sessão plenária. Nela, foram homenageadas parentes dos pioneiros que construíram a história local e moraram nas casas que farão parte do perímetro cultural, entre eles Yolanda de Almeida Andrade, de 92 anos, viúva do compositor Manaceia.

"Caminhar por essas ruas é reconhecer as histórias daqueles que, com admirável capacidade de persistência e superação, acreditaram nas mudanças, tendo como elemento motivador a arte. Por isso, é de fundamental importância preservar esses símbolos e torná-los referência na construção da autoestima da comunidade", afima Reimont.

Edição: Camila Rodrigues da Silva