O ex-governador do Rio de Janeiro e mais quatro pessoas são acusados do crime de lavagem de dinheiro pela realização de operações para dar aparência lícita ao pagamento R$ 1,7 milhão em propina.
Além de Cabral, foram denunciados o empresário Flávio Werneck, dono da FW Engenharia; o contador da FW, Alberto Conde; a ex-mulher de Cabral, Susana Neves, o irmão do ex-governador, Maurício Cabral; e o empresário Carlos Miranda, um dos operadores de Cabral.
De acordo com o Ministério Público, a empresa Survey Mar e Serviços Ltda, ligada a Flávio Werneck, era usada pela FW engenharia para repassar dinheiro a empresas de fachada, em nome em da ex-mulher, do irmão e do operador de Cabral.
O dinheiro teria origem em benefícios recebidos pela FW Engenharia, em contratos com o governo do Rio, na gestão de Cabral. Ainda segundo o Ministério Público, entre 2007 e 2014, o volume de contratos da empresa com o estado aumentou 37 vezes e incluiu obras expressivas, como a urbanização do Complexo de Manguinhos.
Na denúncia, a força tarefa da Lava Jato no Rio pede a condenação de Cabral, Werneck e Conde por 36 atos de lavagem de dinheiro; de Susana Neves por 31 atos de lavagem, de Carlos Miranda por quatro atos e de Maurício Cabral por um ato.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos denunciados.
Edição: Radioagência Nacional