A sociedade é composta por vários grupos. Cada grupo tem uma determinada força, que pode ser: o número de pessoas que consegue mobilizar, a quantidade de dinheiro que se tem e o controle de determinados espaços de poder político.
Na nossa sociedade, a capitalista, os grupos mais fortes são aqueles com mais dinheiro. O poder econômico garante a esses grupos a capacidade de controlar os espaços de poder político. A mídia, os poderes executivo, legislativo e judiciário, são exemplos de espaços de poder político.
Na última semana se tornaram públicas as denúncias de corrupção feitas por executivos de certa empreiteira. Muitos políticos e muitos partidos foram citados. A sensação que se tem é que ninguém presta, que todo mundo é corrupto, que a democracia não serve para nada. A torcida, às vezes, acaba sendo para que "venha alguém e dê um jeito". O perigo está aí!
A política é a forma de organização das pessoas para encontrar saídas coletivas para os problemas comuns. Desacreditar essa forma de construção coletiva e chamar um "salvador da pátria" é um grande risco. “Salvadores da pátria” podem significar o autoritarismo batendo à porta de nossas casas.
As perguntas que ficam são: a quem interessa uma saída autoritária? Por que certos setores, como a mídia, tentam fazer crer que ninguém presta?
A principal prejudicada com a destruição da política é a própria população. É a política que garante ao povo se organizar para fazer frente ao poder econômico. A força do povo contra os poderosos está justamente na organização e na mobilização de muitos.
Edição: Brasil de Fato Rio de Janeiro