Leandro de Paula e um amigo foram agredidos enquanto caminhavam próximo de casa. As agressões teriam acontecido porque eles são gays:
"Levei chute, levei murro, empurrão. Jogaram sorvete na gente, puxaram nossa camisa, nos xingaram bastante."
Mais de 1800 pessoas da população LGBT denunciaram a violação de direitos humanos por meio do Disque 100 no ano passado. Elas representam somente 1% do total. O maior número de agressões denunciadas é contra crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Mas, quando comparado com o ano anterior, o salto no número de denúncias foi, principalmente, entre os moradores de rua e os negros.
A Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Luislinda Valois, contou que é alvo de ataques ainda hoje e afirmou que "a única saída é a punição severa e uma justiça sem preconceito".
"Quando a vítima é um negro, os processos geralmente se arrastam. Mas, quando ele é o autor do delito, este processo tem uma celeridade muito grande. Então nós precisamos pelo menos equilibrar para que o infrator seja punido em tempo hábil."
Em média, o Disque 100 recebeu 364 denúncias por dia. Foram mais 130 mil no ano passado. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os estados com mais registros. Agora, proporcionalmente, é o Distrito Federal que lidera esse ranking.
*Com colaboração de Paulo Leite
Edição: Radioagência Nacional