Feminismo

Mulheres de 30 países organizam paralisação internacional para 8 de março

Em nome da igualdade de gênero, pelo fim da violência e contra o que elas chamam de giro neoconservador internacional

Radioagência Nacional | Brasília (DF) |

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Movimento "Ni una a menos" teve origem na Argentina
Movimento "Ni una a menos" teve origem na Argentina - Divulgação

Mulheres de aproximadamente 30 países ameaçam parar em nome da nome da igualdade de gênero, pelo fim da violência e contra o que elas chamam de giro neoconservador internacional.

O chamado da greve geral tem inspiração em dois movimentos recentes. O primeiro deles, o Ni una a menos teve a origem na Argentina, no fim do ano passado quando a adolescente Lucía Perez, de 16 anos, foi brutalmente assassinada. O outro, mais recente, foi a Marcha de Mulheres dos Estados Unidos, um dia depois da posse do presidente Donald Trump.

No Brasil, uma marcha vem sendo organizada por diversas organizações feministas. A representante do Fórum de Mulheres do Distrito Federal, Keka Bagno, fala sobre a mobilização:

“Esse 8 de março está sendo pensado não só nacionalmente como internacionalmente. A gente considera esse momento como histórico no Brasil, já que todas as mulheres, tanto partidárias, autonomistas, de movimentos sociais e mulheres não organizadas decidiram se unificar, tendo em vista que o avanço do conservadorismo está colocado pra todo o país, assim como pra todo mundo."

"A gente vê que em todos esses retrocessos de direitos humanos, as que mais são atacadas são as mulheres. Esse contexto urge que estejamos unificadas para ir às ruas pra dizer ‘nenhum direito a menos’.

"Aqui no Brasil a gente tem como linhas principais contra a reforma da previdência e a questão da legalização do aborto, porque está em risco da gente retroceder nas pautas que a gente conseguiu avançar, relacionadas ao aborto. A gente tem o Estatuto do Nascituro que, com a derrubada de Eduardo Cunha ele (o Estatuto) também seria derrubado e não é o que aconteceu. Então são pautas que nacionalmente as mulheres estão unificadas pra conseguir combater”.

Edição: Radioagência Nacional