Os trabalhadores pretos e pardos são os que mais sofrem com o desemprego no Brasil. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (24), dos 12,3 milhões de desempregados, cerca de 64% são pardos e pretos.
A média nacional de desemprego ficou em 12%, entre brancos estava em 9,5%. Porém, entre pretos, a média é de 14,4% e entre pardos, de 14,1%. O salário da população negra também é inferior, pois a média salarial nacional é de R$2.043, já a dos brancos é de R$ 2.660, dos pardos R$ 1.480 e dos pretos, R$ 1.461.
Para o ex-secretário da Promoção de Igualdade Racial da prefeitura de São Paulo, Mauricio Pestana, são essas diferenças que comprovam o racismo no Brasil. "A questão do desemprego é a parte mais nefasta e palpável do racismo brasileiro. Nós somos 53% da população, mas nos cargos de comando na empresas somos apenas 4,5%", afirmou em entrevista ao repórter Jô Miyagui, da TVT.
Mulheres e jovens também sofrem com a recessão econômica. A taxa de desemprego entre as mulheres é 13,8%, enquanto entre os homens é de 10,7%. Os jovens de 18 a 24 anos representam 25,9% dos desempregados.
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Edição: Rede Brasil Atual