Os servidores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) entraram em greve no primeiro minuto desta terça-feira (7), em protesto contra a privatização da empresa.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento Básico e Meio Ambiente (Sintsama), apesar da paralisação, o abastecimento de água para a população do Rio de Janeiro está garantido, já que 30% dos funcionários continuarão em atividade para manter os serviços essenciais, conforme determina a lei de greve.
O projeto que trata da venda da Cedae seria colocado em discussão nesta terça-feira no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), mas teve a tramitação adiada para a instalação das comissões da Casa que precisam dar parecer sobre o texto.
De acordo com a Alerj, o projeto volta à pauta na quinta-feira (9) e deve ser votado na semana que vem.
A proposta que trata da venda da Cedae faz parte do acordo entre o governo do Rio de Janeiro e a União para a recuperação fiscal do estado. O texto também autoriza o Poder Executivo a contrair empréstimos de até R$ 3,5 bilhões, que terão como garantia as ações da companhia.
Segundo o governo do Rio, a intenção é usar o dinheiro para colocar os salários do funcionalismo em dia, quitar dívidas com fornecedores e garantir o funcionamento da máquina pública.
Outras medidas polêmicas previstas no acordo com a União, como a que aumenta a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, ainda não têm data prevista para votação.
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