Somos todos Jean Wyllys porque defendemos os direitos humanos
No próximo dia 6 de fevereiro, a partir das 18h30min, no Clube Municipal, localizado a Rua Hadock Lobo, no bairro da Tijuca, estará sendo realizada uma manifestação, de caráter plural e apartidário, em apoio ao Deputado Jean Wyllys, do PSOL, que está sendo ameaçado de suspensão de seu mandato por quatro meses.
Essa punição que está sendo pedida por aliados do ex-deputado pilantra Eduardo Cunha (PMDB) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sob a alegação de que Wyllys teria feito uma desfeita ao parlamentar Jair Bolsonaro (PSC), defensor público do torturador Brilhante Ustra e do regime ditatorial iniciado em abril de 1964.
Bolsonaro em várias ocasiões ofendia Wyllys, que numa dessas vezes acabou reagindo cuspindo em sua direção, mas nem chegou a atingi-lo. Agora os deputados da linha Cunha, querem punir Jean Willys, mas simplesmente nada fizeram contra o defensor público da tortura, que em inúmeras oportunidades destratou parlamentares, inclusive Maria do Rosário (PT).
Desde que ingressou no Congresso, com grande votação já na primeira vez, Wyllys passou a ser destratado por parlamentares chegados ao fascismo e que desrespeitam os direitos humanos. Bolsonaro, por sinal, é reincidente e se gaba por seu modo de ser xenófobo e homofóbico.
Por essas e muitas outras, o que quer fazer a Comissão de Ética contra o Deputado Jean Wyllys é realmente um retrato da representação de uma parte do Congresso, que já foi comentado no exterior quando da votação do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, exatamente quando Bolsonaro fascista repetia uma de suas ofensas contra o Deputado Jean Wyllys, por sinal um parlamentar que orgulha com o seu desempenho a bancada do Estado do Rio de Janeiro, não apenas os seus eleitores.
Solidarizar-se com Jean Wyllys é mais do que justo, isso independente de o cidadão ter ou não votado nesse parlamentar que é um dos poucos exemplos de coerência neste Congresso que lamentavelmente ainda segue com o predomínio de seguidores de Cunha e outros do gênero.
Estar presente no ato de solidariedade a Jean Wyllys, no dia 6 de fevereiro próximo, no Clube Municipal, é o que deve ser feito para afirmar em alto e bom som que punir o parlamentar seria um ato indecente e que fere a democracia.
Em suma: somos todos Jean Wyllys, independente de posições político partidárias, porque defendemos a democracia e os direitos humanos.
Mário Augusto Jakobskindi é jornalista, integra o Conselho Editorial do Brasil de Fato-RJ, escritor, autor, entre outros livros de Parla - As entrevistas que ainda não foram feitas; Cuba, apesar do Bloqueio; Líbia - Barrados na Fronteira e Iugoslávia - Laboratório de uma nova ordem mundial.
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