Na tarde desta sexta-feira (20), Donald Trump se torna o 45° presidente dos Estados Unidos. Mais de 60 organizações e coletivos estão realizando protestos em vários estados do país e, principalmente, na capital Washington. O repúdio a Trump e a seus posicionamentos em relação às mudanças climáticas e à imigração, além do seu tratamento às mulheres e posturas racistas e xenófobas, são a tônica das manifestações.
A coalizão "Atuar agora para acabar com a guerra e o racismo" realiza um protesto em massa na praça Freedom, em Washington. O maior protesto contra Trump está previsto para o sábado, com a participação de cerca de 200 mil pessoas em uma marcha de mulheres, também na capital estadunidense.
Em entrevista à Radioagência Brasil de Fato, a analista Aline Piva, do Conselho para Assuntos Hemisféricos, de Washington, caracterizou o dia de hoje como “muito contraditório”.
“Por um lado, temos o que parece ser a organização de um movimento de resistência, ontem [quinta-feira, 19] por exemplo, diversas personalidades como Angela Davis, Danny Glover, representantes do Black Lives Matter, que chegaram a Washington para um evento paralelo, discursaram no sentido de organizar a resistência contra a perda de direitos sociais”, contou Aline.
Por outro lado, ela afirma que existem “muitas pessoas apoiando, não tanto quanto apoiaram o Obama, mas as pessoas sentem que até agora o sistema não fez as mudanças necessárias, não atendeu as suas necessidades, portanto têm esperança no Trump”.
Em mais de 20 países estão sendo realizadas marchas contrárias ao novo presidente dos Estados Unidos, como na Austrália, Canadá, Portugal, México e Reino Unido.
Edição: Vivian Fernandes
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