O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, determinou a libertação da analista do Exército Chelsea Manning, que havia sido condenada a 35 anos de prisão por revelar documentos secretos diplomáticos e militares ao site WikiLeaks. Chelsea Manning é uma militar transexual, que está presa em Fort Leavenworth, no estado de Kansas. A sentença dela foi a maior punição já dada nos Estados Unidos a um condenado por vazamento de informações.
Chelsea, que antes era conhecida pelo nome de Bradley Manning, solicitou ao presidente Obama que, antes do fim de seu governo, reduzisse a pena. Obama determinou que ela seja libertada em maio. A militar já tentou suicídio por duas vezes e já fez greve de fome na prisão. Chelsea é considerada uma heroína pelos setores norte-americanos que se opõem às guerras. Ela revelou práticas do governo nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Por isso, a Justiça americana a condenou por traição.
Na mesma decisão que beneficiou Chelsea Manning, o presidente também concedeu a comutação da pena a 208 pessoas e indultos a 64 presos, em um de seus últimos atos antes de deixar o governo na próxima sexta-feira (20).
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