Coluna

Mídia comercial conservadora mente para quebrar a previdência pública

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Revista Exame tenta mascarar retrocesso social da proposta de reforma da previdência de Temer
Revista Exame tenta mascarar retrocesso social da proposta de reforma da previdência de Temer - Reprodução
Jornalões e telejornais também defendem desmonte da previdência pública

A Editora Abril, que publica a famigerada revista Veja, apareceu com a revista Exame mostrando na capa Mick Jagger como exemplo de quem trabalha depois dos 70. A publicação com isso justifica o trabalho de brasileiros na faixa etária de Jagger, que segundo a revista serve de exemplo para esses “novos tempos”.

A Editora Abril, apoiadora incondicional do retrocesso social que atravessa o Brasil com o golpista, ilegítimo, cercado por figuras acusadas de corrupção, Michel Temer, quer convencer os brasileiros que os “novos tempos” estão chegando.

Os jornalões e telejornalões não fazem por menos com a divulgação de matérias semelhantes à apresentada pela Exame. Fazem o jogo deste governo golpista que abarrota com rica publicidade a defesa do que eles consideram reforma da previdência, quando na verdade não se trata de uma reforma propriamente dita, mas sim a perda de conquistas sociais que os brasileiros obtiveram ao longo do tempo.

Além disso, o objetivo também é de facilitar o esquema das empresas privadas na área da previdência. Acabam na prática com a previdência pública para dar lugar à iniciativa privada sequiosa de obter lucros e mais lucros. Querem fazer no Brasil o que o esquema pinochetista realizou detonando na prática a previdência pública no Chile.

A mídia comercial conservadora cumpre a sua parte com matérias do tipo apresentada pela Exame com a capa de um septuagenário muito ativo, como se os brasileiros pudessem se inspirar na figura mencionada. Como se um trabalhador brasileiro, digamos do Nordeste, pudesse repetir Jagger, como desejam os apoiadores do governo ilegítimo que ocupa o Palácio do Planalto e lá se instalou para levar até as últimas consequências o projeto que fere de morte a maioria dos brasileiros.

Na verdade, além do Parlamento, onde se encontra a base de apoio deste governo usurpador, a mídia comercial conservadora segue a todo vapor enganando os incautos que se deixam levar por mentiras e indignidades defendidas por Michel Temer e a sua patota integrada, entre outros por Eliseu Padilha, Moreira Franco e figuras do gênero como Geddel Vieira Lima, que terá de responder na Justiça sobre as jogadas com seu parceiro peemedebista Eduardo Cunha, segundo as mais recentes denúncias.

Correndo na mesma faixa aparece a turma da operação Lava Jato, responsável também pela facilitação da ação de empresas estrangeiras que ocupam o lugar de empresas nacionais em uma série de trabalhos na esfera pública. Ao contrário do que acontece em outros países, quando se apura a participação em atos de corrupção, os executivos responsáveis pelos mal feitos são punidos, mas as empresas seguem executando os serviços que faziam antes de serem descobertas.

Se este modelo fosse seguido, como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) não seria ocupado por empresas estrangeiras, como agora. Na prática, portanto, quando não se separa os executivos corruptores das empresas, o espaço é ocupado por empresa estrangeiras que o governo usurpador golpista quer facilitar ação delas. E elas agradecem penhoradamente pela facilidade encontrada para agir.

A outra face de Sérgio Moro

Como informa o petroleiro comunicador Emanuel Cancella em seu livro “A outra face de Sérgio Moro”, o juiz contemplado pela mídia comercial conservadora na prática abriu caminho para que empresas estrangeiras ocupassem o espaço que era ocupado por empresas nacionais.

Por estas e outras que a direita raivosa, na voz do pilantra Roberto Jefferson e em espaços midiáticos capitaneados por um tal de Diego Mainardi, têm feito duras críticas às informações de Cancella, que precisam ser conhecidas pelos brasileiros.

Disputa da presidência da Câmara dos Deputados

Em tempo: pega muito mal parlamentares que se intitulam de esquerda apoiarem Rodrigo Maia para continuar na presidência da Câmara dos Deputados. Ou será que se pode aceitar quem apoia um candidato que faz o jogo de um governo ilegítimo e golpista que está provocando um retrocesso sem tamanho na história brasileira? Um governo que quer privatizar o que ainda resta no país, dos bancos públicos, como tem alertado o jornalista Mauro Santayana, até o Aquífero Guarani, reserva de água cobiçada pela Nestlé e Coca-Cola.

Por muito menos figuras da época da ditadura empresarial militar de 64, dos generais de plantão a começar por Castelo Branco e até João Figueiredo, ocupam o lixo da história. Por que seria diferente agora em relação aos que integram o governo golpista de Michel Temer?

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