Direitos políticos

Lindbergh Farias recebe nova condenação por improbidade administrativa

Senador reafirma que estaria sendo vítima de perseguição política

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Esta é a segunda condenação judicial do petista em menos de uma semana
Esta é a segunda condenação judicial do petista em menos de uma semana - Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da minoria no Senado, foi novamente condenado pela Justiça de Nova Iguaçu (RJ) à perda dos direitos políticos por improbidade administrativa. A decisão foi expedida pelo juiz Gustavo Quintanilha Telles de Menezes, da 7ª Vara Cível da comarca.

Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público, Lindbergh nomeou 11 pessoas que teriam sido indicadas por um vereador aliado para ocupar cargos comissionados durante a gestão do petista como prefeito de Nova Iguaçu.

De acordo com as investigações do MP, os fatos se deram no período entre 2005 e 2007 e miravam a obtenção de apoio político na Câmara Municipal. A acusação afirma ainda que as 11 pessoas trabalhavam em um centro social, em vez de atuarem conforme as funções para as quais haviam sido nomeadas.

A Justiça acolheu a argumentação do Ministério Público e determinou a cassação dos direitos políticos do senador durante cinco anos, além de ter determinado o pagamento de multa no valor de R$ 640 mil.

Esta é a segunda sentença judicial desfavorável ao petista em menos de uma semana. Na última sexta-feira (16), o mesmo magistrado condenou Lindbergh por improbidade administrativa sob a acusação de ter usado programas sociais da Prefeitura de Nova Iguaçu para promoção pessoal no período entre 2007 e 2008. A decisão prevê perda dos direitos políticos durante quatro anos e multa de R$ 480 mil.

Defesa

Em nota divulgada à imprensa, o senador reafirmou que estaria sendo vítima de perseguição política.

“Pela segunda vez, em menos de uma semana, o mesmo juiz de primeira instância suspende os meus direitos políticos e aplica uma multa exorbitante por uma acusação esdrúxula. Me estranha que processos que se arrastavam por quase uma década sejam repentinamente alvo de decisão do mesmo magistrado, ignorando inclusive a decisão do STF [Superior Tribunal de Justiça] de arquivamento de inquéritos com o mesmo objeto. A perseguição é mais do que explícita. Novamente informo que recorrerei e tenho plena convicção de que a decisão será revertida e a justiça prevalecerá”, disse o senador.  

Edição: Camila Rodrigues da Silva

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