O livro Mobilidade Urbana no Brasil, produzido pela Fundação Perseu Abramo, será lançado na próxima quinta-feira (8), às 19h, no plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo. São 35 artigos, escritos por 46 especialistas, elaborados para contribuir com uma visão progressista e abrangente sobre o tema, considerando os diversos aspectos que interferem nas condições de deslocamento da população e seus impactos no meio ambiente, na saúde e na organização das cidades.
Para o organizador da obra, Evaristo Almeida, assessor de Transportes e Mobilidade Urbana da bancada do PT na Assembleia, é importante que se resgate o espaço público para as pessoas, e não para os carros. Os textos de ativistas, representantes de movimentos sociais, gestores públicos e acadêmicos vão desde o impacto da poluição produzida pelos automóveis na saúde das pessoas, passando pelo transporte sobre trilhos, a mobilidade a pé e a educação no trânsito, até novas tecnologias em transporte.
A apresentação foi feita pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que fala sobre as mudanças de paradigma implementadas em sua gestão, marcada pela expansão das ciclovias, da redução da velocidade nas vias, e da abertura da Avenida Paulista e outras 22 vias à população aos domingos, para reduzir a predominância do automóvel.
"A bicicleta dialoga com o imaginário de apropriação do espaço público, com cidade para todos, com direito à cidade de uma forma que outro símbolo consiga dialogar", diz Haddad. Os avanços da gestão também são descritos pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
Washington Quaquá, prefeito petista de Maricá (Região dos Lagos, Rio de Janeiro) escreve sobre a tarifa zero nos transportes públicos como um benefício possível e apresenta as transformações realizadas no seu município, que hoje possui linhas de ônibus gratuitas administradas pela prefeitura.
Os integrantes do coletivo "Cidade a Pé" escrevem sobre a importância das calçadas na vida do pedestre. Já a engenheira especialista em trânsito, Lúcia Maria Mendonça Santos, discute o papel das motos nas cidades e nas zonas rurais, e os caminhos em formação, educação e sinalização para reduzir os elevados números de mortos.
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