OCUPAÇÕES

Em medida desnecessária, MEC adia ENEM em 59 escolas mineiras

Estudantes haviam feito acordo com MP para garantir realização das provas

Belo Horizonte |
Faculdade de Educação da UFMG, uma das instituições ocupadas, está na lista do MEC / Foto:
Faculdade de Educação da UFMG, uma das instituições ocupadas, está na lista do MEC / Foto: - Ocupe Tudo

O Ministério da Educação (MEC) já tomou posição quanto à realização do Exame Nacional do Ensino Médio, que será aplicado no próximo final de semana, em 5 e 6 de novembro. A lista com o adiamento da prova em instituições ocupadas foi divulgada na quarta (2), contendo 59 escolas mineiras, na contramão de acordo feito pelos ocupantes e Ministério Público de Minas Gerais.

Segundo a presidente do grêmio estudantil da Escola Estadual Milton Campos, Daniela Moura, a proposta dos estudantes era a realização do ENEM mesmo nas escolas ocupadas, com a redução do número de ocupantes. O mesmo processo foi realizado durante a votação do segundo turno da eleição municipal, em 30 de outubro. “Não é nossa intenção atrapalhar o ENEM. Inclusive, muitos de nós vão fazer a prova”, completa.

Os ocupantes defendem que a atitude do MEC foi desnecessária e teve intenção política, ao estimular que a população e estudantes fiquem contrários às ocupações. Criticam também a falta de disposição do Ministério.  “O diálogo poderia ter garantido a realização do ENEM em todo o Brasil, mas esse não foi o caminho escolhido pelo MEC”, critica nota das ocupações de Belo Horizonte.

"Harmonia"
Em posicionamento oficial, o MEC anunciou o adiamento da prova de 2% dos inscritos, que farão o exame em 3 e 4 de dezembro. No Brasil, são 304 instituições com a aplicação do ENEM adiada, em Minas Gerais o número é de 59 escolas. A lista completa pode ser vista aqui . A ata da reunião realizada entre representantes das ocupações, da Procuradoria de Justiça, deputados, Rede de Advogados Populares, Secretaria de Educação, de Segurança e com o Coordenador Estadual do ENEM pode ser acessada aqui. Os presentes concordaram na possibilidade de realização das provas "em harmonia com as manifestações de estudantes de escolas estaduais públicas ocupadas".

 

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