É chegado o momento de organizar a classe trabalhadora, de acumular forças nas fábricas, no campo, nos bairros e assim convergirmos para as ruas! Esse foi o chamado que se expressou na ampla mobilização convocada pelas centrais sindicais e pela Frente Brasil Popular no último dia 22 de Setembro. O chamado é uma preparação para uma greve geral.
O Governo golpista assume diante de nossos direitos uma postura cínica. Previdência? Férias? 13º? Demissões? 8 horas de trabalho diário? Direitos trabalhistas? Para cada uma dessas conquistas há um retrocesso programado: reforma trabalhista para acabar com as conquistas da CLT, terceirização das atividades fim, desmonte da previdência, aumento da jornada de trabalho.
O discurso do golpismo é: “enxugar gastos, dinamizar a economia para torna-la competitiva, tirarmos o Brasil do buraco e assim manter a taxa de lucros do capital especulativo e dos banqueiros”. ADEUS AOS NOSSOS DIREITOS!
Eis o programa Neoliberal, do governo ilegítimo, sendo implantado. O golpe avança sobre a soberania nacional e os direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Mas não avança sem resistências e povo organizado. Não tem sido poucas nem pequenas nossas mobilizações contra o retrocesso: em Pernambuco, cerca de 50 mil pessoas foram às ruas no dia 7 de Setembro! Na mobilização do dia 22, os servidores públicos federais, estaduais e municipais; professores estaduais e das universidades; bancários; correios; pararam suas atividades para garantir seus direitos e um futuro para o país. Os movimentos populares pararam estradas e a circulação das mercadorias. Se não respeitarem nossos direitos, estancaremos o lucro dos patrões. Caminharemos para a Greve Geral...
Não aceitamos a retirada de direitos; venda das riquezas, petróleo, água, minérios, biodiversidade; a privatização e o fim da soberania nacional; não aceitamos o domínio da nossa economia pelo capital estrangeiro, nem a venda de nossas terras para estrangeiros; não permitiremos a retirada de nenhum direito; lutamos contra a criminalização das lutas sociais através do poder judiciário. Não aceitaremos que joguem nas costas do povo trabalhador a conta da crise dos poderosos.
A tarefa agora é organizar a defensiva estratégica capaz de defender os direitos históricos da classe trabalhadora, mas também de construir uma correlação de forças favorável à ofensiva das forças democráticas e populares. Por isso precisamos: 1) Ter paciência para construir a unidade das forças da classe trabalhadora; 2 ) Fortalecer a unidade na Frente Brasil Popular, e enraíza-la no seio do povo; 3) Forjar um Projeto de Nação construído com o povo, que apresente soluções para seus problemas estruturais e resolva os problemas da classe trabalhadora.
Nossa tarefa central é construir um processo de resistência que consiga colocar a classe trabalhadora, quem produz a riqueza, no centro da luta política. Gritamos Fora Temer! Nenhum direito a menos! Diretas Já! Avançaremos para superar as causas que permitiram a ruptura dos poderosos com a democracia, nosso levante há de se converter na mudança do Estado, através Assembleia Constituinte, popular e soberana pra mudar o sistema de poder em nosso país!
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