"Para a luta continuar, a praça fica. Sem circo ou com circo, temos que estar na praça", anunciou Carlos Frederico Marés de Souza Filho, um dos idealizadores do Circo da Democracia, que se encerrou nesta segunda-feira (15), em Curitiba. O advogado convidou a plateia, os movimentos populares e as entidades presentes para continuarem nas ruas em luta pela defesa da democracia.
Em ato simbólico de encerramento, a organização do evento inaugurou uma placa de metal cimentada, em defesa da democracia, com referência ao Circo da Constituinte - realizado por sete meses em 1987 - e ao Circo da Democracia - que durou de 5 a 15 de agosto deste ano. "Essa Praça vai deixar de se chamar Santos Andrade para chamar Praça da Democracia", convida Marés, que participou também do Circo realizado em 1987.
Uma araucária, árvore símbolo do Paraná, foi plantada ao lado da placa. Quatro pessoas foram convidadas a fazer o plantio: Glicéria Tupinambá, liderança indígena do sul da Bahia, integrante de um povo plantador; João Pedro Stédile, que representa os movimentos do campo; Ivete Caribé, integrante da articulação Advogados pela Democracia; e Flávio Zanette, engenheiro agrônomo especialista em araucárias, que doou a muda para o movimento.
Ao longo de 10 dias, o Circo da Democracia realizou cerca de 10 horas diárias de debates e apresentações artísticas. Aproximadamente 100 entidades compuseram a organização do evento.
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