A Petrobras confirmou a primeira privatização do pré-sal nesta sexta-feira (29), ao vender a área de Carcará, em Santos, para a empresa norueguesa Statoil, no valor de US$ 2,5 bilhões (R$ 8,1 bilhões). A medida faz parte do "plano de desinvestimento" que pretende arrecadar US$ 15 bilhões (R$ 48,6 bilhões) em vendas.
Atualmente a estatal brasileira é dona de 66% da área de Carcará, que fica na bacia de Santos, a 200 quilômetros do litoral paulista. Além dela, a portuguesa Petrogral possuí 14% da área, a Galvão Exploração e Produção e a Barra Energia, brasileiras, possuem 10%.
A primeira parcela da venda será paga assim que o acordo for firmado. Segundo a empresa, o acerto ainda depende da consulta com os outros sócios da área e a aprovação de autoridades competentes.
Carcará ainda está em fase exploratória e suas operações devem começar a funcionar a partir de 2020. Em 2017, segundo divulgou a Folha de São Paulo, áreas da Petrobras deverão ser leiloadas. Os poços são consideros de alta produtividade, segundo estudo divulgado em dezembro de 2015.
Plano de privatizações
Em entrevista à Folha, o diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, afirmou que a estatal já conseguiu US$1,6 bilhões (R$ 5,4 bi) em ‘desinvestimentos’. A negociação se iniciou há mais de um ano, segundo o jornal.
Os valores são provenientes da venda de 25% da subisidiária Gaspetro (US$ 700 milhões / R$ 2,2 bilhões) e a venda de operações da estatal na Argentina (US$ 900 milhões / R$ 2,9 bilhões).
* Valores convertidos com base em dados das 12h do dia 29/07/2016
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