Cerca de 340 mil votos já foram contabilizados – até a manhã desta sexta-feira (22) - na consulta pública promovida pelo site do Senado a respeito do Projeto de Lei (PLS) n. 193/2016. Na pesquisa online sobre a proposta, batizada por seus defensores de “Escola sem Partido”, a maioria das pessoas tem se posicionado contra: 176.594 se manifestaram contra a ideia, ante 166.513 favoráveis.
De autoria do senador Magno Malta (PR-ES) – considerado uma das lideranças da autodenominada bancada evangélica -, o PLS afirma que a educação nacional deve ter como princípio “a neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado”.
Divergência
Pais, educadores e grupos em defesa da educação denunciam que o intuito real é cercear a liberdade de expressão dos professores. Nos últimos dias, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) se manifestou publicamente contra esse tipo de iniciativa legislativa. “[A proposta] fere a emancipação das instituições públicas de ensino e dos docentes e impõe a mordaça aos currículos promotores do crescimento da consciência das novas gerações”, disse em nota a entidade, que representa 41 instituições pelo país.
Já quem defende a proposta, ela seria um manual de como salvar as crianças do “monstruoso esquerdismo”, que destrói famílias e degrada crianças inocentes, segundo informações da página oficial do grupo “Defensores da Escola sem Partido”, no Facebook.
Edição: Simone Freire.
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