Rio de Janeiro

EDITORIAL

Paes, um típico político colonizado

No horizonte mental colonizado de Paes, capitais de países ricos devem servir de comparação.

Rio de Janeiro |
Prefeito Eduardo Paes tem feito declarações tipicamente sem eira nem beira
Prefeito Eduardo Paes tem feito declarações tipicamente sem eira nem beira - Divulgação

Na antevéspera dos Jogos Olímpicos, o prefeito Eduardo Paes tem feito declarações tipicamente sem eira nem beira. 

Há poucos dias, numa demonstração de ser um político colonizado, exortou os estrangeiros que virão ao Rio a não esperarem estar indo para Londres, Paris, Nova York etc.

No horizonte mental colonizado de Paes, capitais de países ricos devem servir de comparação. O Rio de Janeiro com suas deficiências, para ser considerada uma cidade boa pelo seu próprio prefeito, deve ser equiparado a capitais de metrópoles desenvolvidas, como se fossem um “paraíso” na Terra. É sem dúvida uma típica visão colonizada essa de Eduardo Paes.   

Ao ser criticado na rede social por um morador do Rio, que afirmou que "90% do nojo" que tem pela cidade é culpa de Paes, o prefeito rebateu perdendo as estribeiras ao aconselhar o crítico a “se mudar (do Rio), pô”.

Poucas horas depois, ao ser questionado pela grosseria, indigna de um político que ocupa um cargo importante na cidade, Paes amenizou a linguagem tentando desdizer o que tinha dito, afirmando que quem o criticou queria se mudar (do Rio), mas “por mim fica”.

Esse palavreado de Paes nos faz lembrar um fato ocorrido recentemente em um hospital público municipal, quando destratou grosseiramente uma médica que atendia o seu filho. E depois, pela péssima repercussão do pronunciamento, também tentou se redimir com outra interpretação do fato.

Esses são alguns exemplos que ajudam a entender a mentalidade do prefeito Eduardo Paes, um rapaz rico criado na zona sul carioca que, em determinado momento, chegou até a justificar as remoções de moradores de áreas ocupadas por causa das Olimpíadas, como a Vila Autódromo.

 

PROMESSAS

Resta saber o que Paes terá a dizer após o encerramento não apenas dos Jogos Olímpicos, mas de seu mandato, quando certamente será cobrado pelas promessas não cumpridas.

E na sucessão municipal, o seu candidato de bolsa de colete, o ex-secretário de Coordenação do Governo, Pedro Paulo, conhecido como espancador de mulher, tentará de todas as formas, como em outras eleições, iludir a opinião pública com promessas mirabolantes que geralmente jamais são cumpridas.

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