Ativistas LGBT realizaram, neste sábado (09), a Parada do Orgulho Gay em Assunção, capital paraguaia, para pedir igualdade de direitos e para rechaçar a violência, a discriminação e a homofobia.
“Estou aqui pelos meus direitos. Quero me casar e ter filhos com a mulher que eu amo”, afirmou Delia Ferreira à agência Efe.
Para a atriz transexual Bárbara Cibils, apesar de os paraguaios conviverem diariamente com pessoas trans, bi ou homossexuais, os direitos dessas pessoas são “pisoteados, maltratados e discriminados”.
De acordo com Juan González, que também esteve presente na marcha, a sociedade paraguaia é machista e patriarcal por consequência da ditadura que se estendeu de 1954 a 1989 e perseguiu pessoas trans e homossexuais.
O Paraguai é o único país da região que não possui uma legislação contra toda forma de discriminação. Em 2014 foi enviada uma proposta de lei ao Parlamento, mas a mesma foi rechaçada por temor de grupos conservadores de que a medida abrisse caminho para a aprovação do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
O país também não aderiu à resolução da OEA (Organização dos Estados Americanos) de 2014 que condena a discriminação contra pessoas por sua orientação sexual.
Veja como foi a marcha:
Movimiento #LGBT marcha por #Asunción. Exigen igualdad de derechos. #Paraguay #Parada2016 #Pride2016 @SOMOSGAY pic.twitter.com/S99rtLArg9
— Osvaldo Zayas (@OsvaldoteleSUR) July 9, 2016
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