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Em menos de um ano, 400 palestinos são presos em Israel por postagens no Facebook

Somente neste ano, foram abertas 155 investigações sob a alegação de incitação por meio de redes sociais

OperaMundi |
 Empresa forneceu quase metade das informações solicitadas pelas autoridades israrlenses
Empresa forneceu quase metade das informações solicitadas pelas autoridades israrlenses - Pixabay

De acordo com uma denúncia feita pelo site de jornalismo investigativo The Intercept, cerca de 400 palestinos foram presos por forças israelenses por atividade em redes sociais desde outubro de 2015.

Autoridades israelenses culpam o Facebook de ter incitado a onda de ataques violentos de palestinos em outubro do ano passado. Desde então, as forças de segurança do país prenderam centenas de palestinos envolvidos com atividades em redes sociais, de acordo com os grupos de direitos humanos Addameer e Adalah. A maior parte das prisões se devem a postagens no Facebook.

Somente neste ano, a procuradoria-geral israelense abriu 155 investigações sob a alegação de incitação por meio de redes sociais. O número representa um aumento com relação aos anos anteriores.

De acordo com o jornal local Haaretz, embora a lei se aplique a todos os cidadãos e residentes, a vasta maioria das punições têm sido direcionadas a árabes que vivem em Israel.

Durante a chamada Operação Margem Protetora, Sohaib Zahda foi o primeiro palestino nos territórios ocupados a ser preso por postagens em redes sociais. Até então, somente palestinos vivendo em Israel tinham sido detidos.

De acordo com Amit Meyer, ex-integrante da unidade militar 8200, equivalente à Agência Nacional de Segurança, a coleta de informações no Facebook era prioridade quando serviu ao Exército de 2010 a 2013. Ele explica que usuários da rede social postam muita informação aberta, o que torna o trabalho de entender as relações palestinas mais fácil. 

 

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