Francisco Dornelles, governador em exercício, decretou recentemente estado de calamidade no Rio. Ao assumir que o estado encontra-se nessa situação, abriu margem para o governo federal, atualmente dirigido pelo golpista Michel Temer, liberar R$ 2,9 bilhões em “socorro” ao estado.
Você deve se perguntar: “os recursos serão utilizados para saúde, educação, transporte, moradia, segurança, cultura e para acabar com a penúria em que se encontram os servidores públicos estaduais”? Não!
Os recursos serão utilizados para as obras superfaturadas e de maquiagem relacionadas aos Jogos Olímpicos.
Desde que Cabral assumiu o poder (2007-2014) – elegeu Eduardo Paes, seu aliado, para prefeitura do Rio, e seus sucessores para governador, Pezão e Dornelles –, foi adotado no estado e no município do Rio um modelo de governo voltado para as grandes empresas.
As secretarias de governo viraram balcões de negócios, em que essas empresas – com destaque para as empreiteiras, as de ônibus e para os bancos – ditam o que querem que esses governantes façam.
As remoções, a repressão aos movimentos populares, o aumento da violência dos agentes do estado contra comunidades periféricas e contra a juventude negra e favelada, o achatamento salarial dos servidores, a elevação do endividamento do público são a outra face dessa moeda.
O segundo estado mais rico do país e, durante anos, o estado que mais recebia investimentos, foi transformado pelo PMDB nesse horrível caos. Afundaram os serviços públicos na calamidade, deram uma banana para os servidores, além de calote em vários pequenos e médios fornecedores. Já privatizaram o Maraca e agora querem privatizar a CEDAE.
Essa semana, em artigo criminoso, O Globo, criticou a manifestação de policiais e bombeiros no aeroporto do Galeão. Dizia o jornal da família Marinho que denunciar o que está acontecendo no estado e na cidade do Rio é terrorismo.
Para nós, terrorismo é quebrar um estado, deixar seus servidores desesperados e sem pagamento, reprimir a população e ainda lançar candidatura para sucessão de Eduardo Paes ao município do Rio. O PMDB quer a calamidade completa.
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