Desde o dia 3 de junho, cerca de 50 pessoas estão dormindo, comendo e realizando debates no 16º andar do Ministério da Saúde em Belo Horizonte, na rua Espírito Santo, 500. A ocupação aconteceu durante a Semana Nacional de Mobilizações em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Seguridade Social, de 1 a 6 de junho, e defende que o governo de Michel Temer é ilegítimo.
Segundo uma das organizadoras da ocupação, Maria Angélica Salles, estão retirando investimentos da área da saúde, o que resulta no corte de diversos programas como o Farmácia Popular, o SAMU e o Saúde da Família. “Estão querendo ferir de morte o SUS, cortando seu financiamento”, afirma. Manifestantes declaram também que Ricardo Barros, atual Ministro da Saúde, seria “representante das grandes empresas e planos de saúde”.
A professora Yola Gurgel, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), defende que a ocupação é necessária. Essa seria a forma mais adequada de dar visibilidade à defesa do SUS. “Hoje o SUS atende mais de 11 milhões de casos por ano, de forma gratuita e universal. Mesmo com um financiamento baixo, o sistema público funciona muito melhor que o sistema privado”, acredita.
Atividades e perspectiva
Diversos debates e protestos aconteceram na ocupação desde o seu início, como as visitas de artistas, de professores universitários, exibição de filmes e conversa com a população. Não existe data para a finalização do protesto.
Edição: Joana Tavares