OCUPAÇÃO

Manifestantes pedem respostas sobre Centro de Referência da Juventude

Obras no espaço foram concluídas em 2014 e não há previsão para retomada das atividades

Belo Horizonte |
Ocupação no Centro já completa mais de dez dias
Ocupação no Centro já completa mais de dez dias - Reprodução / Facebook

A ocupação do Centro de Referência da Juventude (CRJ), no Centro de Belo Horizonte, completa mais de dez dias nesta semana. Lá, permanecem cerca de 155 jovens que pedem a volta imediata das atividades do local, cujas obras foram concluídas no ano de 2014. Desde então, o prédio continua fechado. Os manifestantes também reivindicam mais diálogo com a Prefeitura de Belo Horizonte, responsável pela administração, e que seja realizada gestão compartilhada do órgão.
Segundo um dos ocupantes, Clauderson Santos, da União da Juventude Socialista (UJS), o CJR era essencial para a população periférica, que agora sofre ainda mais com a negligência do município. “Era um espaço para os jovens que precisam de psicólogo, de educação, e infelizmente eles estão morrendo cada vez mais. O Centro poderia dar oportunidade, salvar a vida dessas pessoas. Sem essa estrutura, a PBH mostra um descaso com os adolescentes de rua e das vilas da cidade”, diz.

Colaboração
A comunidade do entorno do CRJ, que fica na Praça Rui Barbosa, também contribui ativamente com a ocupação, de acordo com os organizadores. Enfermeiras realizam atendimentos básicos e debates a respeito de sexualidade e consumo de drogas. Outras iniciativas também compõem a programação do movimento, como projetos musicais, exposições de arte e oficinas de oratória, poesia e ballet.
“Reivindicamos a atuação da juventude nas políticas públicas da capital, mais emprego e que essas pessoas sejam ouvidas. Essa geração quer mais cultura, quer a esperança de uma BH com participação popular”, reiterou Cleberson.
Procurada pela reportagem, a prefeitura declarou que quem deveria responder pelo espaço é a Fundação Municipal de Cultura (FMC) que, por sua vez, declarou que os esclarecimentos são de responsabilidade da PBH. Até o fechamento da edição, nenhuma instituição se manifestou a respeito.

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