Estudantes e professores organizam um ato simbólico para expor preocupação com o aumento da insegurança na Escola Municipal Marlene Pereira Rancante, localizada na Pampulha, em Belo Horizonte. O protesto, que ocorrerá na sexta (3) às 10h, é contra a demissão dos dois vigias que atualmente trabalham na instituição.
De acordo com a professora de português Paula Elaine Silva, a direção da escola soube da demissão dos vigias e, um dia depois, a notícia já estava divulgada na mídia. “Não houve diálogo. Foi uma ordem de cima para baixo”, afirma. No mesmo dia, alunos sugeriram a organização do abraço, imediatamente referendado pelos professores.
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) demitirá cerca de 600 vigias até o meio de junho, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-REDE). A PBH afirma que a medida faz parte de uma modernização, substituindo porteiros por um sistema eletrônico de segurança.
Em carta, os professores da Escola também se disseram indignados com a troca de trabalhadores por câmeras e sensores eletrônicos. “Trata-se de uma experiência já realizada no passado e que não deu certo: por várias vezes as escolas que eram monitoradas por esse sistema eletrônico foram arrombadas, roubadas e depredadas”, diz a nota.
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