A mineradora Vale modificou dados sobre a quantidade de lama que mandava para a barragem do Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana (MG). A barragem se rompeu no dia 5 de novembro do último ano e deixou 19 mortos. O episódio ficou conhecido como a maior tragédia ambiental do Brasil.
As informações são do jornal Folha de São Paulo, que obteve um relatório da Polícia Federal que afirma que um mês após o desastre, a empresa adulterou informações dos últimos cinco RALs (Relatório anuais de Lavra) sobre a concentração de minério que produzia em Mariana e, com isso, o volume de lama na barragem seria menor do que o informado antes ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A barragem de Fundão pertencente à mineradora Samarco, controlada pelas empresas BHP Billiton e Vale S.A. Sobre o caso, a Vale alegou que as alterações foram uma “correção” dos valores, e não uma mudança para atrapalhar a investigação.
Contra essa afirmação, o jornal paulista informou que funcionários do próprio DNPM afirmaram que a Vale "não poupou esforços para dificultar" as fiscalizações do órgão.
Edição: Simone Freire
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