Uma audiência pública na última semana para discutiu a situação das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) entregues pela Odebrecht, frutos de Parceria Público Privada (PPP) firmada com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em 2013.
Foram relatados problemas estruturais, que estariam colocando os alunos em risco. “O telhado é de plástico, as estruturas de ferro e concreto. Dependendo do dia, faz 40 graus e o adoecimento das crianças é evidente”, relatou a professora Evangely Oliveira, diretora do colegiado do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede).
A categoria se posicionou contra o modelo de PPP e declarou que a gestão das escolas nas mãos da iniciativa privada prejudica o desenvolvimento do ensino. “Precisamos pedir autorização para entrar nas unidades fora do horário, e a chave fica com a Odebrecht”, pontuou Evangely. Os servidores cobram diálogo com a administração municipal.
Segundo a presidente da Associação de Pais e Familiares da Rede Municipal de Belo Horizonte, Fátima Werneck, as Umeis também não estariam oferecendo o cardápio da merenda. Ela afirma que, em alguns dias da semana, é disponibilizado apenas um copo de leite puro para as crianças.
Ausência
Diante da ausência dos responsáveis, foram encaminhados ao Executivo pedidos de esclarecimento sobre os prazos e planos de execução das obras. As denúncias serão repassadas ao Ministério Público.
Odebrecht
A parceria público privada é firmada entre a PBH e a “Inova BH”, uma empresa da Odebrechet Properties. O grupo privado é responsável pela construção e manutenção de 51 unidades (46 UMEIs e 5 Escolas Municipais de Ensino Fundamental), e fica responsável também pela manutenção das instalações elétricas, segurança, limpeza e compra de móveis, além das responsabilidades trabalhistas, por 20 anos.
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