Estudantes secundários chilenos realizaram uma marcha em Santiago nesta quinta-feira (05/05) em prol da gratuidade e de melhorias na educação pública. O protesto foi duramente reprimido pela polícia da capital chilena.
A manifestação, convocada pela Coordenação Nacional de Estudantes (Cones) e com o apoio da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), se deu em protesto à falta de resposta do Ministério da Educação às reivindicações dos estudantes com relação ao projeto de educação pública gratuita no país.
A polícia impediu que os estudantes se aproximassem da sede do Ministério, onde pretendiam entregar uma carta à titular da pasta, Adriana Delpiano. Os agentes usaram jatos d’água para conter a marcha e detiveram alguns estudantes.
“A marcha nasce em função de que não tivemos uma resposta da ministra. Queremos deixar claro que esta marcha não é contra a reforma [educacional], mas para aprofundar as mudanças que propõe e que os pontos fracos possam ser equilibrados com mudanças muito mais estruturais”, afirmou o porta-voz da Cones, José Corona, à imprensa chilena. Ele classificou a repressão policial como “uma provocação” e responsabilizou as forças de segurança pelo confronto entre policiais e estudantes.
Entre as exigências dos secundaristas estão a transferência dos colégios públicos ao Estado chileno, melhorias da infraestrutura e dos equipamentos escolares e a gratuidade universal na educação superior.
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