As duas equipes chegam de forma muito merecida à decisão
Vasco e Botafogo farão a final do Campeonato Carioca, pela segunda vez consecutiva.
Com uma diferença brutal. Se, no ano passado, a presença de ambos foi bastante questionada, pois o presidente da FERJ, Rubens Lopes, deixou bastante evidente desde sempre que os dois fariam a final, neste ano não houve intervenção “divina” para tal.
As duas equipes chegam de forma muito merecida à decisão. A despeito dos valores investidos pela dupla Fla-Flu em seus elencos, Vasco e Botafogo foram melhores onde a coisa se resolve de fato. No campo.
O Botafogo, com uma molecada bem orientada por Ricardo Gomes, foi infinitamente superior ao Fluminense na semifinal. No primeiro tempo, o time tricolor não viu a cor da bola.
Apesar das dificuldades evidentes, o Botafogo fez uma partida à altura da sua grandeza.
Na outra semifinal, é preciso dizer que o Flamengo começou a perder o jogo na saída do vestiário.
Aquela patacoada de entrar correndo, com a bandeira em punho, para fincá-la no meio de campo como se fosse Neil Armstrong chegando à lua, deixando no vácuo crianças, que passaram anos rezando pela oportunidade de entrar com o time em campo, foi o primeiro gol do Vasco.
Não se sabe ao certo de quem partiu a “brilhante” ideia. Ou foi do marketing, para quem crianças ou sacos de batata são a mesma coisa, ou foi do capitão Wallace, que não merece maiores comentários.
No jogo em si, o Vasco foi soberano. O Flamengo, precisando do resultado, deve estar trocando passes até hoje, sem chegar a lugar algum. Mais objetivo e organizado, o Vasco foi sempre mais perigoso.
E quem diria? Que partida do Riascos! O César Martins que o diga...
Enfim, chegamos à decisão e, apesar dos prognósticos apontarem o Vasco como favorito, já dizia o “filósofo” Jardel: clássico é clássico, e vice-versa.
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