Na semana que antecede um dos momentos políticos mais delicados do Brasil nas últimas décadas, quando se definirá se o impeachment da presidenta Dilma Rousseff irá adiante ou não, diversos profissionais da área da saúde iniciam a campanha Saúde pela Democracia, em que expressam sua posição contrária ao processo de golpe em curso no país.
Com a hashtag #SaúdepelaDemocracia, a ideia da campanha é a de que, de forma leve e descontraída, os trabalhadores da área gravem um vídeo curto – de até 30 segundos –, ou mandem uma foto com um cartaz explicando porque defendem a democracia. Além disso, eles teriam que desafiar outros cinco colegas a fazer o mesmo.
Segundo Thiago Silva, médico da Família e integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, a campanha é fundamental, pois instiga a categoria para que ela se posicione em meio a essa conjuntura. Ele acredita que dentro da agenda dos setores que almejam o impeachment de Dilma está a retirada dos direitos sociais e o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A Agenda Brasil e o Ponte para o Futuro [programas que o PMDB apresentou como alternativas para o país], são propostas que retrocedem, em muito, o que já conquistamos no SUS. Ele desvincula as receitas dos gastos obrigatórios de saúde, amplia a segmentação do sistema público de saúde e a privatização do setor, e isso a gente não pode permitir. Por isso estamos chamando nossos amigos e amigas para que, de forma lúdica, do jeito que entendemos que a democracia tem que ser, a gente demonstre nossa leveza contra o ódio do lado de lá”, explica Silva.
Confira alguns dos vídeos na página do Saúde Popular.
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