Desde o início do ano estamos vivendo uma situação de ataques aos direitos. Esta onda conservadora é dirigida pelo Congresso, pela mídia e pelos empresários. O principal objetivo desses setores da sociedade é desmontar a capacidade de mobilização da jovem classe trabalhadora brasileira e, ao mesmo tempo, forçar o governo Dilma a impor uma agenda negativa à sociedade.
Mobilizações têm cumprido um papel importante, porém ainda muito pequenas diante da atual necessidade. O cenário político tem permitido respostas rápidas da direita organizada, que possui dinheiro para controlar os meios de comunicação, influenciar o poder judiciário e pressionar o Congresso. Por outro lado, a juventude que protagonizou as “jornadas de junho” de 2013 ainda não colocou o “bloco na rua”.
Legalidade democrática
Cabe dizer que os protestos de hoje são diferentes daqueles de 2013, mas não são menos importantes. Em primeiro lugar, não são protestos por demandas sociais, como ônibus e educação, mas sim pela legalidade democrática. Só na democracia conseguiremos lutar por mais direitos sociais.
Em segundo lugar, a oposição ao governo quer a volta da elite que sempre esteve no poder, e que nunca fez nada por nós. Essa mesma oposição expressa o que de mais conservador há na nossa sociedade. São esses setores que querem assumir os rumos do nosso país.
Por estes motivos a juventude precisa tomar as ruas, e mostrar o seu valor, já que os jovens serão os que mais perderão se o golpe se consumar. Estamos lutando hoje contra o ataque aos direitos, para continuar avançando. O que está em jogo neste momento é a defesa do que já conquistamos, e para que a palavra "direito" não desapareça da agenda pública.
Ousadia
Nem um passo atrás. Vamos mostrar que o Brasil também somos nós. Por isso, convocamos a juventude a tomar as ruas! Não podemos ficar em casa vendo a direita orquestrando ações golpistas. O futuro do nosso país está em nossas mãos! Nós jovens temos a responsabilidade de responder a essa crise política, com muita alegria e ousadia. Aproveitaremos a oportunidade histórica de transformar a forma com que se faz política no Brasil.
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