Solidariedade

Atos em defesa da democracia ocorrem em frente a embaixadas brasileiras

No próximo dia 15, dezenas de cidades do exterior recebem ações organizadas por articulação de movimentos populares

Redação |
Capítulo Peru da Alba Movimentos
Capítulo Peru da Alba Movimentos - Reprodução

A Articulação Continental dos Movimentos Sociais da Alba [Aliança Bolivariana para os povos de Nossa América] organiza na próxima sexta-feira (15), uma série de mobilizações em defesa da democracia em frente a embaixadas brasileiras no Continente Americano. As organizações populares também denunciam o aumento da violência contra os militantes sociais no Brasil e o recente assassinato de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná.

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Na mesma data acontecem manifestações convocadas pela Frente Brasil Popular, em vários estados brasileiros.

Segundo a carta de divulgação dos atos em todo o Continente, a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff é “um plano contra a ordem democrática e constitucional, orquestrado pela direita, nessa nação que enfrenta um verdadeiro golpe de Estado”. Para Fernando Vicente Pietro, integrante do Movimento Popular Pátria Grande, da Argentina, “essa deve ser uma jornada que expressa a nossa solidariedade com o povo brasileiro”.

“Vamos acompanhar as jornadas que acontecerão no Brasil rechaçando a tentativa de golpe que deseja tirar a presidenta Dilma Rousseff do governo, no que consideramos mais um episódio da contraofensiva imperial que estamos vivendo na América Latina e Caribe; e também repudiando o assassinato dos companheiros do Movimento Sem Terra no Paraná”, disse Pietro.

Maior país latino-americano, os rumos da política brasileira influenciam diretamente nas demais nações da região, analisa o argentino. “É muito significativo o que acontece no Brasil, porque é uma mostra do avanço conservador em nossa América”, disse.

“Tivemos 15 anos de muitos avanços populares, integração e direitos sociais, que se fortaleceram depois do desastre do neoliberalismo nos anos de 1990. Mas no caso do Brasil, há uma importância maior [o avanço da direita], por ser praticamente um continente inteiro, um dos maiores países do mundo”, completa Fernando.

 

*Edição: Vivian Fernandes

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