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MST lança campanha de solidariedade às crianças do RS

De acordo com dados do governo do Rio Grande do Sul, cerca de 10 mil crianças e adolescentes estão em abrigos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O MST contabiliza que 420 famílias de seus assentamentos foram afetadas pelos alagamentos - Divulgação/MST/Victor Frainer

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou, na última segunda-feira (17), uma campanha de solidariedade às crianças do Rio Grande do Sul.  

O objetivo é envolver as crianças do movimento na campanha de doação de materiais escolares, roupas, itens de higiene pessoal, brinquedos, livros de literatura e outros produtos para os atingidos pelas enchentes no estado gaúcho.  

Cerca de 10 mil crianças e adolescentes estão em abrigos, de acordo com dados do governo do Rio Grande do Sul. Segundo as últimas informações da Defesa Civil estadual, divulgadas em 14 de junho, foram registradas 176 mortes, e 39 pessoas ainda estão desaparecidas. 

O MST contabiliza que foram afetadas pelos alagamentos 420 famílias dos Assentamentos Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cássia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba; e Tempo Novo, em Taquari.  

"Os impactos são imensuráveis. Houve a inundações de casas, perda da produção de alimentos, prejuízos de estruturas, ferramentas, maquinários, além da vida de animais. Entre os espaços sociais coletivos que foram afetados, inclui-se a primeira Escola de Educação Infantil construída na área de Reforma Agrária", informou o MST por meio de nota.  

Valter Leite, da direção nacional do movimento pelo setor de educação, explica que neste cenário, a Campanha de Solidariedade Sem Terrinha "é motivada pelas ações e mensagens das crianças Sem Terrinha em fortalecimento ao povo rio-grandense e, em especial, as mensagens e ações voltadas às crianças neste último período".  

"Temos a solidariedade como um valor e um ato humano, que é cultivado permanentemente pelo MST, e seu exercício real assume um caráter formativo e humanizador. Nós acreditamos que esse sentimento, esse princípio, esse valor, esse ato humano, só é possível entre sujeitos que estão com disposição de lutar pela justiça social", afirma Leite. 

Edição: Martina Medina