IMPACTOS

Educadores em MG aprovam calendário de luta contra governo Zema

Alto reajuste nas contribuições ao Ipsemg é um dos principais desafios da categoria

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Calendário de ações foi definido, com atos que devem se intensificar nos próximos dias, visitas às escolas e atividades regionais. - Foto: Elizabete Guimarães/ALMG

Reunidos em frente ao pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quinta-feira (13), servidores estaduais da educação deflagraram um calendário de lutas contra as políticas do governador Romeu Zema (Novo) e avaliaram o resultado das últimas mobilizações na capital e no interior. 

O encontro aconteceu após paralisações em todo o estado nos dias 11, 12 e 13 de junho e deliberou que a categoria manterá vigília na ALMG todas as terças, quartas e quintas-feiras, até o fim do primeiro semestre. 

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Um calendário de ações foi definido, com atos que devem se intensificar nos próximos dias, visitas às escolas e atividades regionais. 

Quais são as reivindicações?

"A categoria tem grandes desafios pela frente, principalmente em relação à tramitação do projeto de lei (PL) 2.238/2024, que faz profundas alterações no Ipsemg, além do reajuste das contribuições", afirmou, em nota, a coordenadora-geral do  Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE/MG), Denise Romano. 

O PL, de autoria do governo e que deve ser debatido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALMG na próxima semana, pode aumentar as tarifas pagas pelos servidores ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg ) em até 81,8%.

Segundo o SindUTE/MG, o reajuste da contribuição pode reduzir ainda mais os poucos recursos da categoria. O piso atual da contribuição é R$33,02 e o teto de R$275,15. Com a mudança, os valores podem chegar a R$60,00 e R$500,00, respectivamente. 

Salários baixos

Na semana passada, a ALMG aprovou em definitivo o PL 2.309/24, de autoria de Romeu Zema, que reajusta em 4,62% o salário dos servidores civis e militares do estado. O valor está bem abaixo do que foi proposto pela oposição, de 10,67%, que corrigiria os salários em relação à inflação de 2022 e 2023. 

"A mobilização vai continuar para impedir que o governo continue precarizando o trabalho e a vida, prejudicando a educação pública e atacando aqueles que constroem o futuro das novas gerações de Minas. Não vamos recuar", enfatiza Denise. 

Confira a agenda de atos nas regiões:

18/junho: BH, RMBH e Região Calcária
19/junho: Alto Paranaíba, Triângulo, Noroeste
20/junho: Vale do Aço, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri
25/junho: Sul de Minas, Centro-Oeste, Zona da Mata
26/junho: BH, Grande BH e Calcária
27/junho: Alto Paranaíba, Triângulo, Noroeste
02/julho: Norte e Jequitinhonha
03/julho: Sul de Minas, Centro-Oeste, Zona da Mata
04/julho: BH, Grande BH e Calcária
09/julho: Vale do Aço, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri
10/julho: Norte e Jequitinhonha
11/julho: Sul de Minas, Centro-Oeste, Zona da Mata
16/julho: Alto Paranaíba, Triângulo, Noroeste
17/julho: Vale do Aço, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri
18/julho: Norte e Jequitinhonha

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Ana Carolina Vasconcelos